Étudo Genético

Nature vs. Nurture no cérebro

Em nenhum lugar o argumento milenar sobre se “nascemos com isso” ou se “desenvolvemos ao longo da vida” é tão importante quanto na indústria florescente da genética. A posição da indústria é de que há “provas contundentes para a existência de influências genéticas substanciais sobre as diferenças individuais em habilidades cognitivas, gerais e específicas”. No entanto, pesquisas buscando identificar e encontrar os genes continuam a avançar muito lentamente, apesar de décadas de pesquisa e financiamento.

Na busca de um gene para o vício – o que produziria um enorme mercado – os resultados encontrados até agora são de que “a susceptibilidade” parece ser o resultado de uma interação entre vários genes. Estudos de gêmeos idênticos separados no nascimento por predisposição genética para a depressão parece ter mostrado um link genético – isso se deixarmos de lado o efeito experiencial em recém-nascidos de serem separados tão cedo na vida de alguém tão importante como os pais. Nós já conhecemos os efeitos traumáticos devastadores decorrentes da remoção de crianças de suas mães nos primeiros dias e semanas de vida.

Seu DNA pode ser alterado?

Muitos de nós assumimos que um modelo genético imutável está pré-programado dentro de nós, mas isso está longe de ser verdade. A evidência é de que seu DNA está mudando com certa regularidade ao longo da vida – desde alterações pré-natal dentro do útero até a morte. Que fator poderoso é este que pode realmente mudar a nossa expressão genética? Experiência.

De fato, epigenética é o estudo de como alterações no funcionamento de um gene podem ocorrer sem se modificar a sequência do DNA. Estas alterações podem ocorrer de forma espontânea, em resposta a fatores ambientais, e elas podem também ser transmitidas para nossa descendência.

Estes efeitos não significam necessariamente que o DNA foi alterado, mas existe um processo chamado de “metilação”, através do qual a experiência pode afetar como e se determinados códigos genéticos são expressos em um indivíduo. Na verdade, pode até mesmo “desligar” a expressão de uma tendência genética.

Estudos em animais mostram que uma mãe carinhosa – além de produzir proles com a propensão de serem bons pais – também produzem alterações cerebrais de longo prazo em si mesma e em seus filhos. Genes no hipocampo que se ativam em resposta ao estresse são desativados por uma boa maternagem. Além do mais, essa mudança parece ser passada geneticamente para as futuras gerações, até que o ciclo de boa maternagem falhe.

O Cérebro não é um Pâncreas

O cérebro humano está em constante desenvolvimento ao longo de nossas vidas em resposta ao que ele experimenta – desde a sua formação intrauterina mais antiga. A evidência de que este desenvolvimento pode alterar a expressão genética é clara.

Assim, podemos mudar a experiência interior dos nossos mundos internos e externos, através da alteração dos padrões cerebrais, e nós podemos realmente passar para frente essa experiência através dos ajustamentos resultantes que ocorrem na expressão genética.

Não apenas os outros órgãos são muito menos complexo e interativos do que o cérebro, mas também, nenhum deles se modifica no mesmo nível que o cérebro faz durante o seu desenvolvimento. A função pancreática, por exemplo, pode certamente ser afetada pelo modo como vivemos nossas vidas, mas o que o pâncreas faz e como ele faz isso provavelmente não irá mudar.

A importância do treinamento cerebral

Assim, o ponto final desta parte da nossa discussão é:

Nossos cérebros energéticos desenvolvem padrões estáveis de ativação ​​em resposta ao que nós experimentamos em nossas vidas, começando literalmente no útero.

Esses padrões não apenas afetam a forma como pensamos sobre nós mesmos, mas eles literalmente criam o nosso universo experiencial. Um cérebro com medo vê um universo assustador. Nós encontramos o que procuramos.

Nossa experiência pode alterar como códigos genéticos – que supostamente controlam nossas vidas – se ativam ou não. Eles também podem mudar o que passamos para as gerações futuras.

Mudanças em nossos cérebros energéticos são capazes de produzir mudanças duradouras em nosso cérebro químico, embora mudanças químicas não necessariamente produzam mudanças duradouras no cérebro energético.

Treinar para produzir mudanças nos padrões estáveis de energia ​​em nosso cérebro tem a capacidade de mudar como pensamos a respeito de nós mesmos, como experimentamos o universo ao nosso redor, a química do nosso cérebro, o metabolismo cerebral e o tipo de cérebro que nós passaremos para aqueles que vêm depois de nós.

Nosso tópico final nesta seção será uma rápida olhada em como o treinamento cerebral pode realmente acontecer – e como já ESTÁ acontecendo em todo o mundo hoje.