O cérebro como um carro

O cérebro como um carro

Inteligência

Se o seu cérebro fosse um carro, a inteligência seria a potência do motor. O que você treina quando está treinando o seu cérebro é o câmbio (transmissão de marchas). Você pode ter um motor de 400 cavalos de potência, mas se o seu câmbio só tem a primeira marcha, você não conseguirá levá-lo para a estrada. O câmbio está relacionado com a faixa de trabalho em rotações por minuto – o nível de energia.

Um cérebro que está preso em frequências muito baixas produz a primeira marcha – muita energia, mas velocidades muito lentas (pensamento intuitivo e criativo). Um cérebro que está preso em frequências muito rápidas só tem a 4ª ou a 5ª marcha. Ele é ótimo em velocidades de estrada, mas é quase impossível tirá-lo da vaga no estacionamento.

Você pode ter uma enorme capacidade de inteligência em seu cérebro, mas sem uma transmissão de marchas completa e bem-integrada, você não conseguirá utilizá-la em determinadas situações. Aprender a deixar o cérebro em ponto morto – permanecendo calmo e ao mesmo tempo em estado de prontidão – ajuda você a evitar a queima do motor (acelerando-o em 5.000 rpm enquanto você está aguardando no semáforo) e economiza muito combustível. Aprender a mudar para a marcha correta mantém as velocidades de trabalho em uma faixa mais eficiente e eficaz.

É disso que se trata o treinamento cerebral.

Partes do cérebro

O córtex pré-frontal (PFC) é o volante e o freio do seu cérebro. Ele controla onde você vai e quando você interrompe tarefas específicas you can look here. As pessoas com função pré-frontal limitada, as quais treinamos com o HEG:

1. Tendem a ser impulsivas: elas falam, agem ou reagem emocionalmente sem pensar e frequentemente fazem coisas que elas mais tarde desejariam não ter feito. Quando você pergunta às crianças por que elas fizeram ou disseram alguma coisa, elas muitas vezes respondem, “o meu cérebro me fez fazer isso”, ou “meu corpo fez isso, não fui eu”. Eles estão dizendo a verdade. A função de filtragem do PFC não funciona (especialmente em situações agitadas), de modo que o cérebro não tem a chance de “editar” suas reações iniciais. A pessoa descobre o que ela vai fazer… depois que ela já fez!

2. Tendem a ser facilmente distraídas: quanto mais agitado o ambiente fica – ou quanto maior é o nível de controle exigido (pense na sala de aula ou no escritório com cabines), menos capaz é o cérebro de filtrar o “ruído” e se concentrar em uma “tarefa”.

3. Tendem a ser emocionalmente instáveis: eles explodem ou riem ou choram com facilidade e, se nada a prender nessa reação, rapidamente mudam de humor novamente.

4. Não enxergam ordem e muitas vezes não veem os detalhes. Planejamento e organização são coisas desconhecidas para essa pessoa.

O cérebro sub-cortical – as partes mais antigas – são o motor, produzindo energia e propulsão. Emoções e memórias vêm daqui. Quando o motor é forte demais para o sistema de controle, muitas vezes nos vemos fazendo, repetidamente, coisas que não queremos fazer: nos atraímos pelo “cara errado”, engajamos em comportamento autodestrutivo, etc.

O córtex – a “casca” externa do cérebro ou o cérebro “pensante” – é a transmissão de marchas (câmbio). Isto é o que treinamos com EEG. Quanto mais suave e mais ampla for a gama de transmissão que tivermos, melhor podemos aproveitar o poder do nosso motor e menos demanda colocamos na direção e nos freios.